Um em cada sete adolescentes já sofreu algum tipo de abuso sexual ao longo da vida. Além disso, o Brasil é o quinto país que mais mata mulheres no mundo. Nesse contexto, é inadmissível que tenhamos leis que descredibilizem a palavra de mulheres e crianças - e, o que é pior, ainda torne possível que elas precisem viver em contato com o agressor.
A aprovação do PL 634/22 no Dia Nacional do Combate ao Abuso Sexual Infantil é um retrocesso nesse sentido: além de permitir que pessoas investigadas por violência doméstica possam seguir livremente com a guarda de seus filhos, o projeto reforça um mercado de laudos psicológicos para enquadrar as mães como supostas alienadoras, anulando o relato das crianças e tomando como "loucas" e "vingativas" as mulheres que decidem denunciar as agressões sofridas por elas mesmas e/ou seus filhos(as). Parece um absurdo, mas o Brasil é o único país no mundo inteiro que possui uma lei baseada na suposta “síndrome de alienação parental”, um comportamento de rejeição desenvolvido pela criança em relação a um dos genitores por conta de supostas difamações feitas pelo outro genitor.
Somos mais de 11 mil pessoas mobilizadas contra esse retrocesso. Com essa derrota, vamos agora pensar em novas estratégias de promover o debate e incidir pela revogação total da lei de alienação parental no Brasil. Siga a gente no Instagram para ficar por dentro das nossas próximas ações!